'É um alerta contra ideias que perduram até hoje', diz Gianecchini sobre 'Um Dia Muito Especial'
Em entrevista ao Fim de Expediente, o ator falou sobre os desafios de dar vida a um personagem tão atual e complexo. Reynaldo Gianecchini retorna aos palcos com a peça "Um Dia Muito Especial", adaptação teatral do filme italiano de Ettore Scola, originalmente protagonizado por Sophia Loren e Marcello Mastroianni. Ao lado de Maria Maria Casadevall, Gianecchini estreia a montagem no dia 17 de outubro, em São Paulo. Agenda SP: Anavitória no Espaço Unimed, Beetlejuice no Teatro Liberdade e muito mais! Musical 'A Pérola Negra do Samba' reverencia obra de Jovelina Pérola Negra, ícone do pagode carioca Em entrevista ao Fim de Expediente, o ator falou sobre os desafios de dar vida a um personagem atual e complexo: um homem que foi demitido por ser homossexual e, durante a ditadura fascista, encontra uma dona de casa solitária, o que gera uma mudança importante em sua vida. "O encontro dos dois, que a gente não pode dar muito spoiler, vai transformar muito a vida deles. Vão repensar tudo e vão viver momentos catárticos. Principalmente ele, que está ali para ser preso. É muito bonito. Eles começam a peça de um jeito e terminam de outro." Gianecchini também destacou a importância do contexto político da obra, ressaltando que o fascismo é um alerta contra o retorno dessas ideias e atitudes. "É um alerta para que essas ideias, essas falas fascistas que perduram até hoje. Quando a gente vai falar dessa mulher e desse homem há resquícios até hoje de uma luta e com todo o sistema fascista que é super opressor, que não admite adversidade de nada, que tem sido um jeito fixo e moralista, mas em um péssimo sentido. Enfim, eu acho tão importante a gente continuar falando que não podemos admitir jamais o fascismo voltar. Então, por isso que eu acho que a peça também é muito importante." O ator compartilhou como a pandemia o aproximou ainda mais da música. Foi nesse contexto que surgiu o convite para estrelar o musical "Priscilla, Rainha do Deserto", que ele aceitou mesmo reconhecendo o desafio. "Um desafio maluco que eu topei fazer e foi uma das experiências mais legais, que eu tenho mais saudades da minha vida e mais difíceis. Se eu contar tudo que eu vivi, parece que vivi 10 anos em 6 meses, de tanto que chacoalhou. Era fora da minha zona de conforto total. Mas o tanto que eu aprendi, o tanto que eu me coloquei ali como um artista consciente." Reynaldo Gianecchini ainda refletiu sobre o rótulo de galã, que o acompanhou desde o início da carreira. Ele conta que nunca se incomodou com essa associação, mas não queria ficar preso a esse estereótipo. "Eu tive boas oportunidades com isso e está tudo certo. Mas eu sempre soube que não queria ficar preso a isso. Eu tenho uma alma muito inquieta. Eu sempre soube que queria sair de qualquer rótulo, porque eu, como ator, quero estar meio que aberto para tudo." Um Dia Muito Especial Direção Alexandre Reinecke com Maria Casadevall e Reynaldo Gianecchini 'Um Dia Muito Especial' estreia em 17 de outubro Priscila Prade Temporada: de 17 de outubro a 30 de novembro, sexta-feira, às 20h; sábado, às 17h e às 20h domingo, às 17h. Haverá sessões populares nos dias 30 de outubro, 6 e 13 de novembro de 2025, às 20h. Ingressos: entre R$ 70 e R$ 200S na plataforma Sympla Duração: 90 minutos Classificação etária:10 anos Local: Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno | Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista, São Paulo/SP

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Em entrevista ao Fim de Expediente, o ator falou sobre os desafios de dar vida a um personagem tão atual e complexo. Reynaldo Gianecchini retorna aos palcos com a peça "Um Dia Muito Especial", adaptação teatral do filme italiano de Ettore Scola, originalmente protagonizado por Sophia Loren e Marcello Mastroianni. Ao lado de Maria Maria Casadevall, Gianecchini estreia a montagem no dia 17 de outubro, em São Paulo. Agenda SP: Anavitória no Espaço Unimed, Beetlejuice no Teatro Liberdade e muito mais! Musical 'A Pérola Negra do Samba' reverencia obra de Jovelina Pérola Negra, ícone do pagode carioca Em entrevista ao Fim de Expediente, o ator falou sobre os desafios de dar vida a um personagem atual e complexo: um homem que foi demitido por ser homossexual e, durante a ditadura fascista, encontra uma dona de casa solitária, o que gera uma mudança importante em sua vida. "O encontro dos dois, que a gente não pode dar muito spoiler, vai transformar muito a vida deles. Vão repensar tudo e vão viver momentos catárticos. Principalmente ele, que está ali para ser preso. É muito bonito. Eles começam a peça de um jeito e terminam de outro." Gianecchini também destacou a importância do contexto político da obra, ressaltando que o fascismo é um alerta contra o retorno dessas ideias e atitudes. "É um alerta para que essas ideias, essas falas fascistas que perduram até hoje. Quando a gente vai falar dessa mulher e desse homem há resquícios até hoje de uma luta e com todo o sistema fascista que é super opressor, que não admite adversidade de nada, que tem sido um jeito fixo e moralista, mas em um péssimo sentido. Enfim, eu acho tão importante a gente continuar falando que não podemos admitir jamais o fascismo voltar. Então, por isso que eu acho que a peça também é muito importante." O ator compartilhou como a pandemia o aproximou ainda mais da música. Foi nesse contexto que surgiu o convite para estrelar o musical "Priscilla, Rainha do Deserto", que ele aceitou mesmo reconhecendo o desafio. "Um desafio maluco que eu topei fazer e foi uma das experiências mais legais, que eu tenho mais saudades da minha vida e mais difíceis. Se eu contar tudo que eu vivi, parece que vivi 10 anos em 6 meses, de tanto que chacoalhou. Era fora da minha zona de conforto total. Mas o tanto que eu aprendi, o tanto que eu me coloquei ali como um artista consciente." Reynaldo Gianecchini ainda refletiu sobre o rótulo de galã, que o acompanhou desde o início da carreira. Ele conta que nunca se incomodou com essa associação, mas não queria ficar preso a esse estereótipo. "Eu tive boas oportunidades com isso e está tudo certo. Mas eu sempre soube que não queria ficar preso a isso. Eu tenho uma alma muito inquieta. Eu sempre soube que queria sair de qualquer rótulo, porque eu, como ator, quero estar meio que aberto para tudo." Um Dia Muito Especial Direção Alexandre Reinecke com Maria Casadevall e Reynaldo Gianecchini 'Um Dia Muito Especial' estreia em 17 de outubro Priscila Prade Temporada: de 17 de outubro a 30 de novembro, sexta-feira, às 20h; sábado, às 17h e às 20h domingo, às 17h. Haverá sessões populares nos dias 30 de outubro, 6 e 13 de novembro de 2025, às 20h. Ingressos: entre R$ 70 e R$ 200S na plataforma Sympla Duração: 90 minutos Classificação etária:10 anos Local: Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno | Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista, São Paulo/SP
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