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COISAS DA POLÍTICA- Brasil resgata a civilidade

  • Categoria: Geral
  • Publicação: 17/07/2023 01:31
  • Autor: Por GILBERTO MENEZES CÔRTES gilberto.cortes@jb.com.br Publicado em 16/07/2023 às 06:02 Alterado em 16/07/2023 às 07:5

Quando José Sarney era presidente, o ambiente político nacional ficava mais desanuviado quando havia uma viagem presidencial para o exterior e o 3º na hierarquia do exercício do Poder Executivo, o presidente da Câmara dos Deputados, Ulysses Guimarães, assumia. Os políticos brincavam que “a crise viajava”, como alfinetou, certa vez, o senador Fernando Henrique Cardoso. É que, como Sarney foi eleito vice-presidente na chapa liderada por Tancredo Neves no Colégio Eleitoral de janeiro de 1985, quando o presidente se internou em 15 de março para uma operação da qual veio a falecer em 21 de abril, Sarney foi empossado como interino e virou presidente após o passamento de Tancredo; quando saía do país, a presidência passava a ser exercida por Ulysses. Habilidoso, o saudoso político esvaziava a crise rapidamente. Até porque as crises costumavam ser gestadas dentro do MDB, partido que Ulysses controlava. Mesmo depois de passar a presidência da Câmara para o paroquial Paes de Andrade, até quando o cearense, também do MDB, fazia questão de levar a imprensa para desembarcar do avião presidencial no seu município de Mombaça, a crise perdia força. A questão é que, embora fosse político habilidoso (“múnus” que segue praticando, mesmo aposentado há uma década), Sarney, criado na UDN do Maranhão e que depois presidiu a Arena e o PDS, de onde se bandeou para o PFL, era um estranho, malvisto no MDB. ( JORNAL DO BRASIL )

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