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ITAPIPOCA: AUMENTA A CADA DIA A DESORGANIZAÇÃO DO CENTRO

A CULPA NÃO ESTÁ NOS VENDEDOERS AMBULANTES, MAS NAS ADMINISTRAÇÕES QUE NÃO DISPÕEM DE UM PROJETO DE ORDENAMENTO DO CENTRO DA CIDADE
  • Categoria: Geral
  • Publicação: 31/10/2023 21:30
  • Autor: 3CLIMAS CULTURA

Basicamente todas as cidades do Brasil, especialmente as maiores, enfrentam o problema da desorganização dos centros, que recebem os vendedores ambulantes. Não se pode colocar a culpa nos vendedores ambulantes que se instalam com seu pequenos negócios nas calçadas. Na verdade, esses pequenos comerciantes participam de forma positiva, do incremento do comércio, ao mesmo tempo em que estão lutando para o seu sustento e de sua família. Portanto, fazer qualquer tipo de crítica aos mesmos, não é justo. O que se questiona aqui é a falta de organização desse comércio por parte das administrações.

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Dr. Vicente foi o Prefeito que, em sua segunda administração, construiu o popular camelódromo e transferiu todas as bancas ou pequenas barracas para este centro comercial. Uma negociação que não foi fácil, pois os ambulantes não queriam sair do centro. Mas tinha uma saída que era o camelódromo. O Ministério Público à época exigiu que  a administração municipal tomasse uma atitude, pois pela lei não é permitido que as calçadas sejam obstruídas; calçadas são passagem dos pedestres.

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CAMELÓDROMO

Em uma das várias reuniões, na tentativa de retirá-los dos seus locais , os ambulantes alegaram que não era justo eles irem para o camelódromo e aqueles comerciantes que viessem de Fortaleza aos sábados, permanecessem no centro.  Dr. Vicente afirmou então que ninguém iria ficar no centro. Que os ambulantes que viessem de Fortaleza iriam ser recolocados no Deserto, pois em Sobral o Prefeito Cid Gomes havia transferido os ambulantes para o Distrito de Aprazível e tinha dado certo. Todos enfim concordaram. Deserto passou então a ser um centro comercial aos sábados, indo gente da Sede, distritos e cidades vizinhas para lá fazer suas compras. 

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CAMELÓDROMO

Itapipoca ficou mais organizada e com seu centro comercial popular funcionando. Nenhum comerciante estava autorizado a por sua mercadoria nas calçadas que é passagem dos pedestres, de acordo com a Lei.

Dr. Vicente tinha um projeto para os futuros comerciantes populares que não tivessem espaço no camelódromo. A Prefeitura iria dispor de carrinhos ambulantes para eles. Os mesmos seriam colocados em locais determinados pela prefeitura, no centro, e logo após as feiras os carrinhos seriam recolhidos para um galpão da Prefeitura. Os carrinhos seriam passados aos interessados, pela Prefeitura, a preços acessíveis e com forma de pagamento de acordo com as condições do ambulante. Dr. Vicente terminou o mandato e o projeto não se concretizou.

O que se viu nas administrações seguintes foi a volta da maioria dos ambulantes para o centro, sem nenhum critério de organização por parte das administrações. Hoje as calçadas centrais estão quase que totalmente ocupadas pelos ambulantes.

O novo centro comercial, o mercado central, está com grande parte dos seus boxes fechados. Os comerciantes que lá estão, reclamam da falta de clientes. O horário de funcionamento na prática só vai no máximo até 14h, quando praticamente todos têm ido embora e o centro da cidade continua recebendo, sem critério, os comércios populares.

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