'É um absurdo que festejemos que a maioria dos generais preferiu não dar o golpe', diz historiador
Para o historiador Carlos Fico, professor titular de História do Brasil da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a constante presença dos militares em quebras institucionais ou ao menos planos para tal são fruto de interpretações do artigo 142 da Constituição e de suas versões anteriores.
- Categoria: Geral
- Publicação: 14/02/2024 20:57
- Autor: Shin Suzuki Role,Da BBC News Brasil em São Paulo
Quando o último golpe de Estado no Brasil está próximo de completar exatos 60 anos, uma operação da Polícia Federal investiga se o país esteve na iminência de sofrer uma nova quebra institucional com ajuda do alto escalão militar.
O general da reserva Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, estão entre os alvos da operação realizada na quinta-feira (8/2).
No dia seguinte foi divulgado um vídeo em que Heleno sugere "virar a mesa" antes da eleição presidencial e a infiltração de integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na campanha do então pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A BBC procurou Braga Netto por meio do seu partido, o PL, e também Heleno, em seu celular pessoal, mas não havia obtido resposta até a publicação deste texto. BBC NEWS BRASIL