"A quem interessa, leva-se em conta alguns países europeus, países do norte (...) interessa eu ou um entreguista na Presidência da República? Um analfabeto? Um jumento, por que não dizer assim", disse o ex-presidente sobre o sucessor.
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Essas são palavras usadas pelo Ex-Presidente, em um evento do seu partido e dirigidas ao atual Presidente.
Qualquer pessoa de bom senso sabe que as falas que são ditas em público, precisam ter uma certa linha, mesma que sejam de crítica. Um pai, um professor, um líder comunitário; pessoas que servem como exemplo a outros, não podem usar expressões de baixo nível em suas falas. Além de um desrespeito, desconstrói.
Para um líder como um Ex-Presidente de um país, é inconcebível. Mostra aí um despreparo. Uma falta de postura de alguém que se coloca na posição de líder.
A outra coisa é chamar as pessoas de analfabetas. Muitas vezes uma pessoa não frequentou a escola por falta de oportunidade, mas nem por isso ela deve ser taxada de analfabeta. O conhecimento pode ser muito bem adquirido na vivência do dia-a-dia. Existem muitas pessoas que não passaram por uma sala de aula tão bem preparadas no seus exercícios diários, quanto aquelas que passaram.
Portanto, chamar alguém de analfabeto, além de grosseiro é um preconceito. Não é o fato de você não gostar de alguém que pode desrespeitá-lo. E em se tratando de um presidente da república, com experiência administrativa é realmente um despropósito.
Quem já comandou um Município, Estado ou País, sabe que é impossível se fazer tudo da forma que se pensa; afinal estamos em uma Democracia, onde existe um congresso, eleito pelo povo, que participa diretamente das ações do Governante. Não estamos a defender atitudes ilegais, mas ao mesmo tempo se sabe que não se consegue fazer tudo ao pé da letra.
A análise do que foi planificado pelo executivo é feita pelos poderes constituídos, que podem aprovar ou desaprovar.
Tratando as instituições com o devido respeito, as mesmas não são omissas e nem devem ser, mas em muitos casos agem dentro de uma lógica de compreensão, o que é normal em uma esfera de poder.
Porém, quando as instituições são questionadas e até desrespeitadas; procuram agir dentro de um maior rigor, apresentando aquilo que é obrigação: apurar fatos ilícitos e punir os responsáveis.
É o que tem acontecido com o Ex-Presidente, diante das suas atitudes de questionamento e desrespeito à Justiça, também de seus aliados.
Questionar, discordar, é pereitamente legal. Mas existem as formas de fazê-lo.
Procurar desmoralizar, fazer com que as instiutições que têm a responsabilidade de cobrar e aplicar as leis, caiam no descrédito perante a sociedade, não é atitude de alguém que se diz a favor da Democracia.
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